Conto aqui sempre com a ajuda e tempo do meu amigo e colega de faculdade, Marcelo Almendros de Oliveira, autor do trabalho de análise, texto e desenhos.
Na estreia dos posts, a análise do amistoso internacional entre Suécia e Brasil, no dia 15 de agosto de 2012, comemorando o último jogo internacional do Estádio Rasunda, em Estocolmo.
Brasil: Gabriel; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva, Alexsandro; Rômulo, Paulinho, Ramires, Oscar; Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes.
Suécia: Isaksson; Larsson, Granqvist, Olsson, Safari; Wernbloom, Holmén, Elm, Wilhelmsson, Toivonen; Berg. Técnico: Eric Hamrén.
Passado o novo trauma olímpico, a Seleção Brasileira adotou um desenho tático diferente em relação ao apresentado nos Jogos Olímpicos. Ao invés do 4-2-3-1 usualmente usado pelo treinador gaúcho em toda sua trajetória na seleção, o modelo utilizado foi o 4-4-2 tipicamente inglês, com as duas linhas de 4 bastante rígidas.
E essa não foi a única novidade apresentada. No setor defensivo retornaram aos seus lugares David Luiz e Daniel Alves, na lateral-esquerda jogou Alexsandro, com uma atuação discreta, diga-se de passagem.
Mas foi o meio-campo que mostrou a maior modificação: Sandro deu lugar a Paulinho, e Ramires ingressou no time atuando como um meia aberto na direita e Oscar saiu da parte central do campo passando a jogar aberto no lado esquerdo da equipe. No ataque nenhuma modificação.
O ingresso de Ramires claramente influenciou na decisão do técnico de mudar a forma de jogar da equipe.
Mano Menezes tinha como intenção deixar o lado direito do time como o lado forte, pois ali contava com os seguidos avanços de Daniel Alves combinando jogadas com o jogador do Chelsea.
Com isso, Alexsandro ficou mais preso, executando tarefas mais defensivas. Assim, buscando equilibrar o
time, o treinador trouxe Oscar para a meia esquerda para tabelar com Neymar naquele setor.
O Brasil, apesar do resultado, não jogou bem. A seleção da Suécia foi um time frágil, o time brasileiro dominou a partida o tempo todo, tendo muito mais posse de bola e controlando as ações do jogo. Do outro lado, o time escandinavo marcava atrás da linha do meio campo e jogava no erro do Brasil.
Destaca-se que Ramires jogou fora do seu lugar. Diferentemente do que é colocado pela imprensa, o jogador do Chelsea não joga na meia direita no time londrino. Ramires joga na meia esquerda, e aí o jogador foi mal utilizado e também não rendeu tanto quanto pode.
Abrem-se parênteses aqui: no gol de Ramires contra o Barcelona nas semifinais da Uefa Champions League, o jogador estava jogando na lateral direita, após a expulsão de John Terry.
Por consequência, Oscar também foi mal escalado. O novo jogador do Chelsea não tem o costume de executar a função de meia extremo pela esquerda; seria muito mais adequado escalá-lo na meia direita, função a qual ele fazia com regularidade enquanto jogador do Internacional.
A Suécia por sua vez, alinhou-se de duas maneiras, quando atacava montava-se num 4-2-3-1, e quando sem a bola jogava num 4-4-1-1, também utilizando as duas linhas de 4, com auxílio do meia central da equipe a marcar.
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